Você já ouviu falar de alguém que tenha alergia a Wi-Fi ou celulares? Provavelmente não. Mas uma cidade chamada Green Bank, na Virgínia, EUA, é um abrigo para aqueles que acreditam sofrer com a radiação eletromagnética emitida por esses dispositivos.
De acordo com a BBC, Green Bank possui 143 moradores. Porém, lentamente, ela está se transformando em um abrigo. Os que acreditam sofrer de Hipersensibilidade Eletromagnética (EHS), causada pela exposição a campos eletromagnéticos emitidos por celulares, Wi-Fi e dispositivos eletrônicos, vão para lá.
A aldeia foi criada na U.S. National Radio Quiet Zone, área onde as transmissões sem fio são extremamente restritas, para não haver interferência com radiotelescópios. Esse local possui cerca de 13 mil km² de extensão.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece a EHS como "uma doença real e que pode variar muito em sua severidade". Os sintomas apresentados vão desde vermelhidão, formigamento e sensação de queimadura na pele até fadiga, cansaço, dificuldade de concentração, tonturas, náuseas, palpitações cardíacas e distúrbios digestivos.
Se o eletromagnetismo causa ou não esses sintomas, ninguém afirma ao certo. A OMS não oferece critérios de diagnóstico claros e, muito menos, diz se os sintomas podem ser relacionados com os campos eletromagnéticos. Porém, segundo Diane Schou, moradora de Green Bank, o local faz com que as pessoas se sintam melhor.
Segundo Schou, "viver no Green Bank me permite ser mais do que apenas uma pessoa normal. Posso estar ao ar livre, sem ter que viver em uma gaiola. Eu posso ver o nascer do sol, as estrelas à noite, a chuva. Aqui, posso estar com as pessoas, pois elas não têm celulares e posso me socializar", completa.
Fonte: Olhar Digital
sábado, 7 de janeiro de 2012
Tudo o que você precisa saber sobre os Ultrabooks, que devem chegar fortes ao mercado em 2012.
Você já ouviu falar no Ultrabook? Este é um novo conceito de notebook, desenvolvido pela Intel. Em maio de 2011, a fabricante de chips investiu nessa nova classe de computadores e, desde então, empresas como Acer, Asus, LG e HP já lançaram ou anunciaram modelos que seguem o novo conceito.
Mas, o que um computador precisa ter para ser considerado um Ultrabook? Segundo a Intel, para que um notebook se encaixe na nova categoria é preciso que ele tenha menos de 21 milímetros de espessura - e, o mais complicado, custe menos de US$ 1 mil.
"Nós reconhecemos que essa característica [preço inferior a US$ 1 mil] é essencial para o ultrabook atingir a massa e se tornar um produto dominante em 2013. Porém, esse valor é referência nos Estados Unidos. Aqui no Brasil existem taxas que fazem o preço subir, mas acreditamos que será possível oferecer produtos de boa qualidade em torno dos R$ 2 mil até o fim do ano que vem", explica Cássio Tietê, diretor de marketing da Intel.
Os primeiros Ultrabooks do mercado já saíram equipados com processadores Intel Sandy Bridge de 32 nanômetros. Porém, com a popularização do modelo, a companhia espera que os laptops evoluam e ganhem processadores mais novos como o Ivy Bridge, de 22 nanômetros. Para quem não sabe, nanômetro é a medida utilizada para medir cada transistor presente no processador e, quanto menores eles ficam, maior é a possibilidade de colocar mais deles em um único processador. Isso, obviamente, aumenta a performance do seu computador. (Para efeito de comparação, o vírus da gripe tem 100 nanômetros de tamanho!)
Além desses detalhes, esses notebooks são super finos, leves, possuem baterias mais duráveis – mínimo de cinco horas de duração - e tem inicialização rápida, cerca de sete segundos. Neles, os tradicionais discos rígidos foram substituídos por SSDs, também conhecidos como memória flash. Por conta de tudo isso, os Ultrabooks são fortes concorrentes dos notebooks e até tablets, pois alguns deles virão até com telas sensíveis ao toque.
Para o desenvolvimento desses laptops ultrafinos, a Intel criou um fundo de investimento de US$ 300 milhões. A ideia é investir em empresas especializadas em tecnologias que ajudem a aumentar a vida útil da bateria dos Ultrabooks, além de melhorar design e o armazenamento dos aparelhos.
Ainda com o objetivo de impulsionar a entrada dos Ultrabooks no mercado, a Intel lançará um projeto para ajudar pequenas empresas a desenvolver seus próprios modelos. A fabricante de processadores fará acordos que envolvem grandes fabricantes de peças, como Foxconn e Pegatron, e os pequenos empreendedores. "Prestamos atenção em pequenos integradores e procuramos fazer um trabalho de aproximação e apoio com integradores em Taiwan", afirma o diretor.
Segundo Cássio, 2012 será um ano muito importante para os ultrabooks. Ele acredita que um terço do mercado mundial de notebooks será dominado pela nova categoria de portáteis. "No Brasil temos regras rígidas de manufatura local e tudo isso gera um certo desafio. Por isso, a curva de adoção tende a ser menor", comenta. "No entanto, temos certeza de que haverá um crescimento no desejo do consumidor, pois o ultrabook é uma revolução na experiência do notebook", conclui.
Primeiros Ultrabooks do mercado
Acer Aspire S3
O ultrabook lançado em novembro já está nas prateleiras de grandes varejistas. Os primeiros modelos que chegam ao Brasil têm preços a partir de R$ 2.799 na versão de 4GB de RAM, 320 GB de HD e processador Intel Core i3. Já o modelo com processador Core i5 sai por R$ 2.899 e nos equipados com Core i7, o preço aumenta para R$ 3.599.
O laptop tem 1.3 cm de espessura, pesa menos de 1.4 quilo e conta com uma tela LED HD de 13.3 polegadas. Segundo a fabricante, a bateria de alta densidade dá sete horas de autonomia, dependendo da intensidade do uso. O retorno do modo sleep acontece em em 1 segundo e meio e a vida útil da bateria é proporcionada pelo "Acer Green Instant On". Já a função "Acer Instant Connect" permite que o laptop se conecte à internet em apenas 2,5 segundos.
Asus UX21
O computador portátil da empresa foi o primeiro Ultrabook lançado. O laptop mede 9 milímetros de espessura, pesa 1.1 quilo e tem corpo de metal, além de um trackpad de vidro. O UX21 vem em três modelos: 64 GB de armazenamento em SSD, 128 GB ou 256 GB com processadores Sandy Bridge Core i3, i5 ou i7, respectivamente. Além disso, todos os modelos possuem USB 3.0, que multiplicam as taxas de transferência do atual USB 2.0 em até 10 vezes.
HP Pavilion dm3
Durante o Editor's Day, evento anual da Intel de apresentação de novidades à imprensa, a HP anunciou seu primeiro Ultrabook, com previsão de chegada no Brasil no primeiro semestre de 2012.
O computador é baseado em um processador Intel Core i5 da família Sandy Bridge, de 32 nanômetros, possui 4 GB de memória RAM e SSD de 128 GB. A tela de LED tem 13,3 polegadas e resolução HD. O principal destaque da máquina é a espessura de apenas 18 mm, e o peso de 1,49 kg. Segundo a HP, a autonomia de bateria é de até 9,5 horas.
LG XNote Z330
Parecido com o MacBook Air da Apple, o Ultrabook da LG tem 13,3 polegadas, 8 milímetros de espessura, processador Sandy Bridge de 32 nanômetros, e chega em dois modelos. A versão Core i5 tem 120 GB de HD e a Core i7 tem 256 GB. Os preços são: R$ 1.509 e R$ 1.863, respectivamente.
Fonte: Olhar Digital.
Mas, o que um computador precisa ter para ser considerado um Ultrabook? Segundo a Intel, para que um notebook se encaixe na nova categoria é preciso que ele tenha menos de 21 milímetros de espessura - e, o mais complicado, custe menos de US$ 1 mil.
"Nós reconhecemos que essa característica [preço inferior a US$ 1 mil] é essencial para o ultrabook atingir a massa e se tornar um produto dominante em 2013. Porém, esse valor é referência nos Estados Unidos. Aqui no Brasil existem taxas que fazem o preço subir, mas acreditamos que será possível oferecer produtos de boa qualidade em torno dos R$ 2 mil até o fim do ano que vem", explica Cássio Tietê, diretor de marketing da Intel.
Os primeiros Ultrabooks do mercado já saíram equipados com processadores Intel Sandy Bridge de 32 nanômetros. Porém, com a popularização do modelo, a companhia espera que os laptops evoluam e ganhem processadores mais novos como o Ivy Bridge, de 22 nanômetros. Para quem não sabe, nanômetro é a medida utilizada para medir cada transistor presente no processador e, quanto menores eles ficam, maior é a possibilidade de colocar mais deles em um único processador. Isso, obviamente, aumenta a performance do seu computador. (Para efeito de comparação, o vírus da gripe tem 100 nanômetros de tamanho!)
Além desses detalhes, esses notebooks são super finos, leves, possuem baterias mais duráveis – mínimo de cinco horas de duração - e tem inicialização rápida, cerca de sete segundos. Neles, os tradicionais discos rígidos foram substituídos por SSDs, também conhecidos como memória flash. Por conta de tudo isso, os Ultrabooks são fortes concorrentes dos notebooks e até tablets, pois alguns deles virão até com telas sensíveis ao toque.
Para o desenvolvimento desses laptops ultrafinos, a Intel criou um fundo de investimento de US$ 300 milhões. A ideia é investir em empresas especializadas em tecnologias que ajudem a aumentar a vida útil da bateria dos Ultrabooks, além de melhorar design e o armazenamento dos aparelhos.
Ainda com o objetivo de impulsionar a entrada dos Ultrabooks no mercado, a Intel lançará um projeto para ajudar pequenas empresas a desenvolver seus próprios modelos. A fabricante de processadores fará acordos que envolvem grandes fabricantes de peças, como Foxconn e Pegatron, e os pequenos empreendedores. "Prestamos atenção em pequenos integradores e procuramos fazer um trabalho de aproximação e apoio com integradores em Taiwan", afirma o diretor.
Segundo Cássio, 2012 será um ano muito importante para os ultrabooks. Ele acredita que um terço do mercado mundial de notebooks será dominado pela nova categoria de portáteis. "No Brasil temos regras rígidas de manufatura local e tudo isso gera um certo desafio. Por isso, a curva de adoção tende a ser menor", comenta. "No entanto, temos certeza de que haverá um crescimento no desejo do consumidor, pois o ultrabook é uma revolução na experiência do notebook", conclui.
Primeiros Ultrabooks do mercado
Acer Aspire S3
O ultrabook lançado em novembro já está nas prateleiras de grandes varejistas. Os primeiros modelos que chegam ao Brasil têm preços a partir de R$ 2.799 na versão de 4GB de RAM, 320 GB de HD e processador Intel Core i3. Já o modelo com processador Core i5 sai por R$ 2.899 e nos equipados com Core i7, o preço aumenta para R$ 3.599.
O laptop tem 1.3 cm de espessura, pesa menos de 1.4 quilo e conta com uma tela LED HD de 13.3 polegadas. Segundo a fabricante, a bateria de alta densidade dá sete horas de autonomia, dependendo da intensidade do uso. O retorno do modo sleep acontece em em 1 segundo e meio e a vida útil da bateria é proporcionada pelo "Acer Green Instant On". Já a função "Acer Instant Connect" permite que o laptop se conecte à internet em apenas 2,5 segundos.
Asus UX21
O computador portátil da empresa foi o primeiro Ultrabook lançado. O laptop mede 9 milímetros de espessura, pesa 1.1 quilo e tem corpo de metal, além de um trackpad de vidro. O UX21 vem em três modelos: 64 GB de armazenamento em SSD, 128 GB ou 256 GB com processadores Sandy Bridge Core i3, i5 ou i7, respectivamente. Além disso, todos os modelos possuem USB 3.0, que multiplicam as taxas de transferência do atual USB 2.0 em até 10 vezes.
HP Pavilion dm3
Durante o Editor's Day, evento anual da Intel de apresentação de novidades à imprensa, a HP anunciou seu primeiro Ultrabook, com previsão de chegada no Brasil no primeiro semestre de 2012.
O computador é baseado em um processador Intel Core i5 da família Sandy Bridge, de 32 nanômetros, possui 4 GB de memória RAM e SSD de 128 GB. A tela de LED tem 13,3 polegadas e resolução HD. O principal destaque da máquina é a espessura de apenas 18 mm, e o peso de 1,49 kg. Segundo a HP, a autonomia de bateria é de até 9,5 horas.
LG XNote Z330
Parecido com o MacBook Air da Apple, o Ultrabook da LG tem 13,3 polegadas, 8 milímetros de espessura, processador Sandy Bridge de 32 nanômetros, e chega em dois modelos. A versão Core i5 tem 120 GB de HD e a Core i7 tem 256 GB. Os preços são: R$ 1.509 e R$ 1.863, respectivamente.
Fonte: Olhar Digital.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Windows 7 será o sistema mais usado no mundo já em abril, diz estudo.
O Windows XP perdeu uma grande quantidade de usuários no último mês, dando continuidade à tendência de migração para o Windows 7. Projeções com base em dados da Net Applications indicam agora que o Windows 7 se tornará a versão mais utilizada do sistema já em abril, vários meses mais cedo do que estimativas anteriores.
O sistema operacional antigo perdeu 2,4 pontos percentuais, chegando a 46,5% do mercado em dezembro. A queda do último mês foi quase igual ao recorde registrado em outubro pela empresa, de 2,5%. Entre setembro e dezembro, o sistema perdeu 11% dos seus usuários, totalizando seis pontos percentuais. Nos quatro meses anteriores (de maio a agosto), o Windows XP perdeu 3,4 pontos percentuais, ou cerca de 8,5% do mercado.
O Windows 7 se beneficiou com a queda do antecessor, ganhando 2,4% e atingindo uma parcela de mercado de 37%. No mesmo período em que o XP perdeu 5.9 pontos percentuais, o sistema mais recente da Microsoft cresceu 6.4 pontos, ganhando usuários também do Windows Vista.
Se a tendência continuar o Windows XP deve perder uma média ainda maior de usuários neste mês. Em 2009 e em 2010 o número de usuários caiu 40% e 48% mais do que em dezembro, em geral devido às compras de fim de ano. Considerando isso, o sistema da Microsoft pode perder até 3,5 pontos percentuais.
Em julho, a fabricante do Windows anunciou que era "hora de mudar" do XP, lembrando a todos que o suporte do sistema será encerrado em abril de 2012. Dos 12,4 pontos percentuais que o Windows XP perdeu no último ano quase a metade da queda aconteceu nos quatro últimos meses. Quando o Windows 8 for lançado, o que pode acontecer em outubro, o Windows 7 deverá ter entre 50% e 52% do mercado de sistemas operacionais.
A parcela de mercado do Windows 8 também cresceu ligeiramente no mês passado de 0,03% em novembro para 0,05%, ou seja, cinco PCs em cada 10 mil. Vale lembrar que ele ainda é uma versão de teste.
A Net Applications calcula o uso de sistemas operacionais a partir de dados obtidos de mais de 160 milhões de visitantes únicos que navegam em 40.000 sites que a empresa monitora.
Fonte: PC World
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
AMD anuncia placa gráfica 'mais veloz do mundo'.
A AMD anunciou nesta segunda (26) o lançamento da placa gráfica Radeon HD 7970 para desktops. Segundo a empresa, trata-se da GPU (Graphics Processing Unit ou unidade de processamento gráfico) mais rápida do mundo e a única com tecnologia de processo 28nm. É o primeiro produto da empresa com a arquitetura gráfica Core, que proporciona desempenho até 150% melhor se comparada à versão anterior, diz a fabricante.
A nova placa tem suporte para o PCI Express 3.0 e para o AMD CrossFire.
Entre os recursos, 3D estereoscópico, com 16 000 x 16 000 de resolução, e a conexão de até seis monitores, graças à tecnologia AMD Eyefinity. Além disso, a nova placa está equipada com memória GDDR5, que aumenta o desempenho. Por meio das tecnologias AMD PowerTune e AMD ZeroCore Power, a placa permite também um consumo mais eficiente e otimizado de energia, promete a empresa.
A AMD Radeon HD 7970 estará disponível no mercado mundial a partir de 9 de janeiro, por US$ 550. Não há previsão de lançamento no Brasil.
domingo, 1 de janeiro de 2012
HACKERS PODEM DESATIVAR LINHAS DE TRENS, DIZ ESPECIALISTA...
Hackers que desativaram sites na Internet ao sobrecarregá-los com tráfego podem usar a mesma técnica contra computadores que controlam sistemas de comutação na rede ferroviária, afirmou um especialista em segurança durante uma conferência em Berlim.
Stefan Katzenbeisser, professor da Universidade Técnica de Darmstadt, na Alemanha, afirmou que os sistemas de comutação sofrem o risco de ataques de "negação de serviço", que podem causar longas interrupções em sistemas ferroviários.
"Os trens não poderiam colidir, mas o serviço pode ser interrompido por um bom tempo", disse Katzenbeisser à Reuters durante o evento.
Campanhas de "negação de serviço" são uma das formas mais simples de ciberataques: hackers recrutam grandes números de computadores a fim de sobrecarregar o sistema almejado com tráfego.
Hackers usaram a técnica em questão para atacar sites de instituições governamentais ao redor do mundo, além de sites corporativos.
Os sistemas de comutação de ferrovias, que permitem que trens sejam guiados de um trilho para outro em uma junção de ferrovias, foram separados historicamente do mundo da Internet, mas a comunicação entre trens e comutadores é, cada vez mais, gerenciada pela tecnologia wireless.
Katzenbeisser disse que a GSM-R, tecnologia móvel usada para trens, é mais segura que a GSM, usada em telefones.
Fonte: Uol
Segurança da Internet pode passar do IP para o conteúdo
Um pesquisador brasileiro faz parte de um grupo que está propondo mudar o modelo de segurança da internet.
"O que estamos propondo é que a segurança deixe de ser baseada no endereço de IP [Internet Protocol] e passe a ser balizada pelo conteúdo," explica Walter Wong, que dividiu seu trabalho entre a Unicamp e a Universidade de Helsinque, na Finlândia.
Segundo Walter, quando a internet foi criada, seus idealizadores não podiam imaginar no que ela se transformaria.
A segurança não era exatamente a principal preocupação na época, dado que a proposta inicial era ligar fisicamente pontos distantes para promover a transferência de bits - e esses bits eram basicamente textos ou números associados a experimentos científicos.
Com o passar do tempo, porém, as pessoas passaram a utilizar a rede para uma série de atividades, como gerar e consumir conteúdos, fazer compras, pagar contas, assistir filmes etc.
"Ou seja, hoje temos uma nave espacial funcionando sobre uma base simples", compara Walter.
O grande problema relativo à segurança da Web, segundo ele, é que o seu princípio está baseado no IP, que é representado por um número. Este, além de identificar o endereço, identifica também o usuário ou provedor.
É aí que surge um imbróglio, cita o engenheiro da computação: "Quando a internet foi criada, isso fazia sentido, porque as máquinas eram imensas e dificilmente seriam transferidas de lugar. Hoje, porém, nós temos notebooks, celulares e tablets que nos proporcionam mobilidade. Ou seja, não é razoável identificar um host (servidor de informações) pelo seu endereço físico, visto que ele pode se deslocar para qualquer lugar do mundo", explica.
Ademais, continua Walter, quando uma pessoa se conecta à rede para fazer uma compra num determinado site, por exemplo, ela não faz ideia de onde o provedor dessa empresa está de fato localizado.
"Trata-se de uma relação de confiança. Entretanto, essa confiança poderia ser ampliada se a arquitetura da internet permitisse basear a segurança no conteúdo e não no endereço IP", reforça.
Para chegar à sua proposta, Walter teve que trabalhar com o desenvolvimento de softwares e algoritmos específicos.
A ideia central foi estabelecer um mecanismo de autenticação de dados eficiente e explícito, de forma independente do host de onde os conteúdos foram obtidos.
Em termos simples, no novo modelo proposto por Walter, a rede física também passa a ser orientada a conteúdos.
Assim, a pessoa que se conectar à internet para, por exemplo, assistir um vídeo no Youtube, não precisará mais se preocupar se o servidor está nos Estados Unidos, na China ou Brasil.
"As credenciais estarão vinculadas ao próprio conteúdo. Nesse caso, o usuário poderá até mesmo baixar algo vindo de um servidor inseguro ou suspeito, pois terá certeza de que o conteúdo é original e seguro", afirma o engenheiro da computação.
Atualmente, informa Walter, diversos grupos estão envolvidos em pesquisas relacionadas à "Internet do Futuro".
Os estudos nessa área estão divididos em basicamente duas correntes.
Uma delas trabalha com a perspectiva da evolução da Internet atual, que incorporaria as "mutações" necessárias para que a rede mundial se adapte aos novos tempos.
A outra pretende partir do zero para propor uma nova arquitetura para a rede. É nesta que o trabalho de Walter está inserido.
No Brasil, além da Unicamp, há grupos de São Paulo e do Rio de Janeiro envolvidos com o tema.
Questionado sobre como imagina que será a migração da internet do presente para a internet do futuro, o pesquisador diz acreditar que esse processo não deverá ser traumático, mas também não será absolutamente tranquilo.
Ele lembra que essa passagem dependerá de diversos fatores, entre eles o econômico e o político: "Do ponto de vista do usuário comum, porém, não deve haver maiores problemas. Na prática, isso não afetará a vida dele, a não ser lhe proporcionando mais segurança para suas atividades virtuais".
Com informações do Jornal da Unicamp - 19/12/2011.
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